quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ano novo, namorado velho.


Vem cá, que eu preciso te contar que ando sentindo essas coisas que a gente lê em poesia. Ando falando de amor pela rua, cantando na cozinha e assobiando no chuveiro. Ando entregue. Ando andando meio sem rumo, e quando vejo tô na porta da tua casa. Ando sem pressa porque teu amor chega tarde, sempre depois das sete. Ando sentindo coisas demais. E me ocupando de coisas de menos, que tu anda me consumindo os pensamentos e eu fico sem fazer mais nada. Ando achando graça em música brega e tô até gostando mais de casa. Tem mais poesia até no caminho do ônibus, quando o celular toca e você reclama a saudade. Adoro quando você reclama a saudade. Com aquela voz morna de quem quer, mas não pode. Ando tropeçando nos sorrisos e nos soluços. Que chorar de amor, é parte desse negócio de ser feliz a dois. E a gente é feliz feito dois bobos. Como se o mundo lá fora andasse calmo e sereno e o trânsito parasse inteiro só porque a gente esquece de olhar pros dois lados. A gente é feliz pra dedéu. Sem medida assim... Porque medida é racional. É multiplicar, dividir... E num tamo podendo fazer conta. Vem cá, que tô precisando te dizer sobre tudo isso. Porque se eu num falo, nem eu acredito. Ando escrevendo essas coisas todas melosas, ando gargalhando à toa. E tenho rasgado folha de caderno, porque escrevo demais e fico me repetindo. Quando vejo, tô contando a mesma história. É que nossa história, puts grilo, dava um livro.
Ando assim... Colocando minha felicidade nos teus braços, ali onde encaixo a cabeça e fico deixando teu cheiro pegar na minha roupa. Ando achando tudo mais bonito. E de vez enquando erro feio. Mas errar é parte dessa coisa. Isso de andar amando.

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